Em relação ao momento que deixou a cadeira de presidente da República, dezembro de 2006, a avaliação positiva em relação ao desempenho do ex-presidente Lula caiu 12 pontos.
Já com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ocorre o inverso. Em relação ao momento em que deixou o cargo, dezembro de 2002, sua avaliação subiu quatro pontos.
A diferença é que Lula deixou o posto com altíssima popularidade. No último mês de seu segundo mandato, 83% dos brasileiros diziam que sua gestão era boa ou ótima. Agora, 71% continuam com a mesma opinião.
Com FHC, a taxa de aprovação final era de apenas 26%. Hoje, 30% olha para trás e considera sua administração como boa ou ótima.
É possível que a imagem de Lula esteja sendo afetada pela atual onda de pessimismo em relação à economia e a deterioração de expectativas com inflação, desemprego e poder de compra. Ele, afinal, foi o principal fiador da eleição da presidente Dilma Rousseff, a pré-candidata que paga o preço mais alto por esses desgastes.
Longe do centro do poder há mais de uma década, FHC não tem como ser associado ao atual momento de pessimismo. Após deixar a Presidência, o tucano passou a se dedicar a outros temas.
Hoje, é reconhecido como o mais influente defensor da legalização do consumo da maconha no país, uma causa talvez ainda muito distante dos anseios da maioria da população, mas com potencial de angariar simpatia de parte do eleitorado com tendência progressiva.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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METODOLOGIA
A pesquisa do Datafolha é um levantamento por amostragem estratificada por sexo e idade, com sorteio aleatório dos entrevistados. O universo é composto pela população brasileira com 16 anos ou mais.
Neste levantamento realizado de 3 a 5 de junho, foram feitas 4.337 entrevistas em 207 municípios, com uma margem de erro máxima de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Isso significa que, se fossem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro.
Essa pesquisa foi encomendada pela Folha e feita pela Gerência de Pesquisas de Opinião do Datafolha. Está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o nº BR-00144/2014.