Folha de S. Paulo


Ex-corregedora diz que Barbosa só aceitaria ser 'ator principal' na política

Responsável por sondar há alguns meses o interesse de Joaquim Barbosa em ingressar no PSB de Eduardo Campos, a ex-corregedora nacional de Justiça Eliana Calmon afirmou nesta quinta-feira (29) não acreditar que o presidente do STF aceite integrar, como apoiador, alguma das campanhas presidenciais.

"O Joaquim é muito enfático nas colocações, e acho que não sairia como coadjuvante, só sairia como ator principal", afirmou Eliana.

A ex-corregedora deixou a magistratura para se filiar ao PSB-BA e disputar uma cadeira no Senado.

"Eu acho que ele até pode entrar na política, mas em razão das eleições próximas ele não entrará porque ele não pode participar dessas eleições. E ele não vai participar apenas como coadjuvante, não vai", acrescentou.

Segundo ela, Barbosa recusou o convite para se filiar ao PSB sob o argumento de que "pegaria muito mal" para ele misturar as coisas.

O partido de Eduardo Campos alimentava a expectativa de lançá-lo como candidato a senador ou governador do Rio.

"A Marina [Silva, possível vice na chapa de Campos] sempre foi contra, ela acha que ele não devia sair candidato agora, porque iria misturar as coisas. O Eduardo queria muito, mas ele [Barbosa] nunca aceitou porque disse que tinha um trabalho a fazer e que ficaria muito mal se misturasse as coisas, eu ouvi isso dele".

A ex-corregedora disse acreditar que Barbosa irá se dedicar neste momento mais à vida acadêmica. O presidente do STF anunciou nesta quinta sua intenção de abandonar a toga no mês que vem, mas não explicitou o que pretende fazer depois disso.


Endereço da página: