Folha de S. Paulo


Sem acordo, professores mantêm paralisação e fazem passeata em SP

Terminou sem acordo a nova reunião entre professores e representantes da administração municipal de São Paulo realizada na tarde desta quinta-feira. Com isso, a categoria decidiu manter a paralisação iniciada no dia 23 de abril, pelo menos até a próxima terça-feira (20), quando deve ocorrer uma outra assembleia.

Com o resultado do encontro, um grupo de cerca de 8.000 docentes, segundo estimativa da Polícia Militar, que aguardava na frente da Secretaria Municipal de Educação, iniciou uma passeata por volta das 17h. O grupo estava concentrado na rua Diogo de Faria e deve caminhar até o viaduto do Chá, na frente da prefeitura.

Regiane Teixeira/Folhapress
Professores protestam na frente da Secretaria Municipal de Educação
Professores protestam na frente da Secretaria Municipal de Educação; não houve acordo

Os profissionais de educação pedem incorporação imediata do abono de 15,38% anunciado pelo governo. Além disso, a categoria pede que a prefeitura responda às demais reivindicações que incluem melhores condições de trabalho, fim das terceirizações, não implementação do Sistema de Gestão Pedagógica, entre outros.

Segundo o Sinpeem, maior sindicato da educação municipal, a prefeitura aceita discutir a incorporação apenas a partir de 2015, o que a categoria rejeita. Na semana passada, os professores chegaram a propor à administração municipal a incorporação escalonada começando agora e terminando em 2015, mas a proposta foi negada.

A prefeitura diz não ter recursos para a incorporação neste ano. O projeto de bônus de 15,38% ao piso, anunciado na semana passada pela prefeitura, prevê a incorporar do percentual aos salários a partir de 2015, de forma escalonada e sem definir a forma como ocorrerá.


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