Folha de S. Paulo


Sobrinho de caseiro e mais um rapaz prestam depoimento

A Polícia Civil que apura o assalto que resultou na morte do coronel reformado Paulo Malhães, tomou na tarde deste sábado depoimento de Uewerton Pires de Araujo, 22, sobrinho do caseiro Rogerio Pires, que trabalhava para o tenente-coronel e é tido como cúmplice no roubo a casa do militar.

A polícia também ouviu o cunhado do rapaz, chamado Uelisson, segundo a Folha levantou junto a vizinhos da família Pires, que mora na zona oeste do Rio.

Os investigadores informaram à família que os depoimentos foram tomados porque os dois estiveram na cena do crime. Eles estiveram na Delegacia de Homicídios de Belford Roxo para averiguação.

Fabiana Pires, mãe de Uewerton e irmã do caseiro, afirma que o filho nada tem a ver com o caso, mas não soube informar se poderá provar a inocência do filho.

No dia 25 de abril, Malhães foi encontrado morto com sinais de asfixia, num dos cômodos de seu sítio, em Nova Iguaçu (RJ). Na ação dos criminosos, a mulher do militar e o próprio caseiro foram amarrados em quartos distintos, após a invasão da casa.

O coronel reformado havia prestado, um mês antes, depoimento à Comissão da Verdade no qual reconhecia ter participado de torturas, mortes e ocultação de corpos de vítimas da ditadura militar (1964-1985). Membros de comissões da Verdade nacional e do Rio suspeitaram de "queima de arquivo".


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