Folha de S. Paulo


Petistas trabalham para minar candidatura de Skaf em São Paulo

Preocupado com a movimentação do pré-candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, o PT tenta minar o adversário. Na avaliação do comando petista, Skaf pode prejudicar o candidato do PT, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha.

Para conter esse risco, a equipe de Padilha passou as últimas semanas tentando convencer o PDT a apoiar a chapa do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), ainda dúvida na corrida pela sucessão do tucano Geraldo Alckmin, que concorrerá à reeleição.

Kassab está sendo fortemente cortejado por Skaf, que cogita oferecer a vice ou a vaga para o Senado ao PSD. Aos petistas Kassab disse que só teria condições de manter sua candidatura se tivesse mais tempo para fazer propaganda na televisão, com a adesão de uma legenda como o PDT, e garantias para lançar o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles ao Senado.

Kassab pediu ao comando da campanha de Padilha que estimulasse o PDT a engrossar sua chapa e foi atendido. Petistas se comprometeram a não atrapalhar a união com o PDT, que faz parte da coalizão partidária que apoia o governo federal no Congresso.

Zanone Fraissat - 25.out.2013/Folhapress
Paulo Skaf, presidente da Fiesp e pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB
Paulo Skaf, presidente da Fiesp e pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB

Para Padilha, o ideal é que a disputa tenha o maior número possível de candidatos e, assim, aumentem as chances de segundo turno. Até há pouco tempo, os petistas viam com bons olhos a candidatura de Skaf por causa disso, mas agora muitos temem o risco de perder o controle se Skaf passar a crescer.

PMDB, PDT e PSD são aliados da presidente Dilma Rousseff no plano nacional e prometem dar-lhe apoio à sua reeleição ao Planalto. Por isso, o assédio do PT para minar a desenvoltura de Skaf tem de ser feito com cautela.

O PMDB de Skaf e o PT de Padilha também negociam o apoio do PR, legenda que controla o Ministério dos Transportes desde o começo do governo Dilma. O único partido aliado assegurado por Padilha até agora é o PC do B, tradicional parceiro dos petistas.


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