Folha de S. Paulo


Barbosa dá 48 horas para governador responder sobre regalias a presos

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, fixou na tarde desta quarta-feira (2) um prazo de 48 horas para que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), se manifeste sobre supostas regalias concedidas a presos do processo do mensalão.

O prazo foi fixado um dia após Barbosa determinar o fim de privilégios a condenados e da Folha ter mostrado presos do regime semiaberto fazendo contatos políticos, indo à igreja, encontrando familiares e passando no "drive-thru" do McDonald's ao sair para trabalhar fora da prisão.

No documento enviado ao governador, Barbosa quer que ele responda se foi instaurada investigação interna sobre supostas regalias concedidas aos presos. Questiona que medidas foram tomadas "para a retomada do comando do sistema prisional" e também pergunta se é possível garantir um tratamento igualitário a todos os presos, seja ele condenado pelo mensalão ou não.

Barbosa também determinou que outras autoridades ligadas ao sistema prisional de Brasília prestem informações sobre todas as visitas recebidas pelos condenados do mensalão, sejam familiares, amigos ou autoridades políticas.

O ministro também quer saber se eles receberam algum tipo de alimentação diferenciada, "visitas especiais", se obtiveram estacionamentos privativos dentro de unidades prisionais e as condições de alocação e dormitório dos presos.

A assessoria do governador informou que Agnelo foi notificado na tarde desta quarta e que se manifestará dentro do prazo fixado pelo presidente do STF.

DIRCEU

A defesa do ex-ministro José Dirceu enviou um documento ao STF pedindo celeridade no julgamento de seu pedido de autorização para trabalho externo.

Devido às investigações que apuram o suposto uso de um celular dentro do presídio, Dirceu aguarda desde o ano passado uma posição da Justiça sobre a possibilidade de trabalhar num escritório de advocacia em Brasília.


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