O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Admar Gonzaga determinou na última sexta-feira (28) que o Facebook retire do ar uma página que defende a candidatura presidencial de Eduardo Campos (PSB).
A liminar (decisão provisória, adotada antes de julgamento da causa) atendeu a pedido do Ministério Público, para quem a página "Eduardo Campos Presidente", que continuava no ar até o final da tarde desta quarta-feira (5) com 2.200 seguidores, "afeta o equilíbrio da disputa" presidencial.
A peça do Ministério Público, assinada pelo vice-procurador-geral Eleitoral, Eugênio Aragão, diz que embora não tenha como provar que Campos seja o responsável pela página, ele tem conhecimento por causa do compartilhamento feito por ela de postagens da sua página oficial no Facebook, a "eduardocampos40", que tem mais de 400 mil seguidores.
| Reprodução/Facebook/EduardoCamposPresidente | ||
 |
||
| Página no Facebook pró-candidatura de Eduardo Campos |
A assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral da República disse que essa, por enquanto, é a única ação movida nesse sentido, apesar de o Facebook possuir várias outras páginas de apoio e ataques a Campos e aos outros dois principais candidatos na corrida ao Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB).
A pesquisa "Aécio Neves presidente", por exemplo, traz mais de 20 páginas ou grupos no Facebook. A com "Dilma Presidente" apresenta um número maior ainda.
A assessoria do PSB afirmou que o partido e Campos desconhecem quem são os autores da página questionada e que já tentaram entrar em contato com seus administradores para pedir a sua retirada do ar. A assessoria do Facebook disse que a empresa não comenta casos específicos.