Acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal de ingerência para privilegiar condenados do mensalão, o coordenador-geral da Sesipe (Subsecretaria do Sistema Penitenciário), João Feitosa, é investigado por corrupção.
A Sesipe gere o Sistema Prisional do DF, que inclui o Complexo Penitenciário da Papuda, onde estão nove condenados do mensalão, como o ex-ministro José Dirceu e Marcos Valério.
Nesta semana, o Ministério Público enviou à VEP (Vara de Execuções Penais) manifestação em que acusa Feitosa de ingerência para beneficiar Dirceu na investigação sobre o uso de celular no prisão.
Em segredo de Justiça, o inquérito sobre corrupção corre na corregedoria da Polícia Civil e no MP-DF.
Feitosa é acusado de pedir R$ 1 milhão, em 2008, para não indiciar Manoel Frota, dono de um supermercado local, em apuração de sonegação fiscal.
À época, Feitosa atuava na DOT (Delegacia da Ordem Tributária). A denúncia foi feita em depoimento no fim de 2012 pelo próprio Frota, que reafirmou à Folha o que disse. Ele não quis dar mais detalhes alegando que a investigação está em andamento.
Procurado, Feitosa informou, via assessoria, que não iria se manifestar.