Folha de S. Paulo


Vagner Freitas diz que suspensão do trabalho de Delúbio 'causa prejuízos'

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, afirmou nesta sexta-feira (28), por meio de nota, que a suspensão do trabalho do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares causa "estranheza" e prejudica o serviço que estava sendo prestado pelo petista.

A Justiça do Distrito Federal determinou na quinta-feira a suspensão do benefício de trabalho externo para Delúbio até, pelo menos, 18 de março, quando ele participará de uma audiência de advertência na VEP (Vara de Execuções Penais). Um dos motivos da suspensão foram as denúncias de que o petista estava obtendo regalias durante o cumprimento da pena.

De acordo com Freitas, a CUT nunca foi notificada sobre procedimentos irregulares e tampouco sobre a decisão do juiz.

A Justiça determinou que o presídio investigue a denúncia de que o petista havia pedido para estacionar o carro dentro do presídio.

Freitas nega que o carro da entidade tenha entrado nas dependências do CPP (Centro de Progressão Penitenciária), onde Delúbio estava, e afirma que um pedido para tal regalia nunca foi feito. "Como se pode verificar das inúmeras fotos dos assessores e/ou funcionários, amplamente publicadas e divulgadas pela grande imprensa, que buscam e deixam o Sr. Delúbio Soares no portão do CPP", afirma o presidente da CUT.

Freitas também nega que Delúbio tenha se reunido no presídio com qualquer dirigente da CUT. "Reafirmamos que nenhum dirigente da CUT ou dos seus sindicatos filiados esteve no CPP ou em qualquer outro estabelecimento prisional, para fazer reunião com o Sr. Delúbio. Até porque, como assessor da CUT, ele pode no cumprimento das suas funções profissionais propostas e aceitas pela VEP, reunir-se com eles no escritório da CUT onde cumpre seu expediente", escreveu.

O presidente reafirma ainda que todos os trâmites legais necessários para contratar Delúbio foram cumpridos e estão corretos. "Em nenhum momento, solicitamos ou obtivemos quaisquer privilégios para a realização dos trâmites que culminaram na sua contratação como assessor da nossa Central", escreveu Freitas.

Delúbio voltou para a Papuda na manhã desta sexta. Ele foi levado para o CIR (Centro de Integração e Reeducação), onde está o ex-ministro José Dirceu. Delúbio havia começado a trabalhar na CUT em 20 de janeiro.


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