Folha de S. Paulo


Roberto Jefferson vai se apresentar à PF, afirma advogado

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) vai se apresentar à Polícia Federal assim que sua defesa receber a ordem de prisão, afirmou seu advogado, Marcos Pinheiro de Lemos.

O autor da denúncia do mensalão está em Comendador Levy Gasparian (RJ), no interior do Rio de Janeiro. Ele pretende viajar para o Rio por conta própria, sem esperar a chegada da PF.

Ainda não se sabe se isso ocorrerá na noite desta sexta-feira ou na manhã de sábado.

"Fiquei sabendo agora. Vou esperar a ordem de prisão para saber o que faço", disse Jefferson à Folha, instantes depois de o presidente do STF, Joaquim Barbosa, decretar sua prisão.

Mais tarde, seu advogado disse que a decisão de se entregar foi tomada e que Jefferson está ansioso.

"Por enquanto, não há ordem de prisão. Tendo o mandado, ele vai se apresentar à PF. Ele está ansioso. Essa história é um sofrimento danado", afirmou.

A defesa já estuda como reapresentar o pedido de prisão domiciliar, que foi negado por Barbosa. Jefferson ainda sofre sequelas de uma cirurgia de retirada de câncer no pâncreas, em julho de 2012.

PEDIDO DE DOAÇÕES

Na manhã desta sexta-feira, o ex-deputado usou seu blog para pedir doações a eleitores e simpatizantes que desejarem ajudá-lo a pagar a multa de R$ 720 mil imposta pelo STF. Ele já pôs à venda seu escritório de advocacia, no centro do Rio, para arrecadar parte do dinheiro.

"Para complementar o total necessário, reativei conta pessoal que tinha no Banco do Brasil, e que está a partir de agora disponível para os amigos, correligionários e demais interessados em oferecer sua contribuição", escreveu o ex-deputado.

"Lembro que, para garantir o caráter de transparência e lisura neste processo, enviarei ao STF a lista com o nome e o CPF dos que contribuírem. Por isso, peço que os depósitos sejam identificados", acrescentou.

Nos últimos dias, Jefferson criticou os petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares por não divulgarem a origem das doações que receberam para pagar as multas cobradas pelo STF.


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