Folha de S. Paulo


Solidariedade aceita convite para governo Cabral e apoia Pezão

O Partido Solidariedade (SDD) decidiu nesta segunda-feira (3) aceitar o convite para assumir a Secretaria de Assistência Social do governo do Rio e declarou apoio à pré-candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). A sigla (SDD) ocupará a pasta antes comandada pelo PT na gestão Sérgio Cabral (PMDB).

Em carta, o SDD impõe como condição que seja "respeitada a nossa opção de apoiar e propagar agora pelo Estado do Rio, como fazemos por todo o Brasil, o projeto de país construído pelo senador Aécio Neves (PSDB)".

O indicado para o cargo foi o deputado Pedro Fernandes (SDD). Ele havia recusado o convite na semana passada, mas decidiu assumir o cargo, após conversa com o deputado Paulinho da Força (SDD), presidente nacional do partido.

A entrada do SDD no governo é parte da decisão de Cabral em abrir espaço no governo estadual para adversários da presidente Dilma Rousseff. A iniciativa é uma forma de mostrar que o PMDB no Rio não se acanhará em obter o apoio de adversários do PT, após a saída do partido no governo. O objetivo é também ampliar a aliança em torno de Pezão.

O PMDB do Rio ameaça não apoiar a reeleição de Dilma. A tendência é que Pezão e Cabral declarem voto à petista, mas candidatos a deputados e cabos eleitorais estarão liberados para fazer campanha para o presidenciável que quiser.

O PSD do Rio já havia aceitado o convite para assumir a Secretaria do Ambiente, antes ocupada pelo PT. Tanto Indio da Costa, escolhido para o cargo, como Paulinho apoiarão a futura candidatura de Aécio Neves.

O PT decidiu romper com o governo para intensificar a pré-campanha do senador Lindbergh Farias. Os ex-secretários petistas Carlos Minc e Zaqueu Teixeira foram exonerados na sexta-feira (31/01).


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