Folha de S. Paulo


PT elege executiva nacional para mandato de quatro anos

O diretório nacional do PT reuniu-se nesta quarta-feira (11) em Brasília para eleger a nova executiva nacional do partido. O atual presidente da sigla, Rui Falcão, foi reconduzido ao cargo. Ele comandará o partido até 2018. A segunda maior corrente interna, Mensagem ao Partido, acabou perdendo espaço na executiva.

O diretório também aprovou uma resolução em que indica que as coligações estaduais, somente poderão ser registradas na Justiça Eleitoral, após passarem pelo crivo da direção nacional. A intenção é organizar a disputa de modo que o partido não saia prejudicado em relação ao número de candidatos eleitos.

O partido reiterou que o principal objetivo para o ano que vem é a reeleição da presidente Dilma Rousseff e a ampliação das bancadas na Câmara e no Senado. "Nossas alianças deverão ser construídas não apenas para conquistar vitórias importantes nos Estados, como também para garantir a reeleição da presidenta Dilma", diz o documento.

CORRENTES INTERNAS

Comandada pelo deputado federal Paulo Teixeira (SP), a tendência Mensagem ao Partido pleiteava a permanência na secretaria-geral da executiva mas acabou sendo preterida. A vaga foi ocupada pelo deputado federal licenciado, Geraldo Magela (DF). Ele é da corrente Movimento PT, que apoiou a reeleição de Rui Falcão, da tendência Novo Rumo.

"Não houve uma pactuação para manter a tradição. A [corrente majoritária] Construindo um Novo Brasil não respeitou o equilíbrio de forças dentro do partido", reclamou Paulo Teixeira. Segundo ele, seria normal que a sua corrente, por ser a segunda maior dentro do partido, indicasse um nome para a secretaria-geral.

"É um começo que não sinaliza internamente dentro do PT um equilíbrio para uma gestão coletiva para a revisão interna de que o PT carece. [...] O resultado afirma uma postura presidencialista, que é novidade no partido. A tradição sempre foi de uma direção colegiada", afirmou Teixeira.

Para Rui Falcão, no entanto, o princípio da proporcionalidade foi mantido. "Nós iniciamos o novo diretório e uma das características que quero manter e aprofundar é a liberdade de expressão dos membros. Então, as opiniões que eles formulam eu não tenho que me contrapor e nem criticar", disse.

Apesar das divergências internas, os nomes que comporão a nova executiva foram aprovados por unanimidade. Para os petistas, o momento não pode ser de racha porque o objetivo prioritário é a reeleição de Dilma Rousseff. Rui Falcão deverá ser o coordenador da campanha à reeleição.

O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), foi eleito para o cargo de 1º vice-secretário do partido.

Amanhã, o PT iniciará em Brasília o 5º Congresso Nacional do partido. O ex-presidente Lula irá discursar na abertura. A presença de Dilma Rousseff ainda não foi confirmada.


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