Folha de S. Paulo


Responsáveis pela previdência de 700 mil, funcionários da SPPrev paralisaram trabalhos

Trabalhadores da SPPrev (São Paulo Previdência), responsáveis pela previdência de 700 mil funcionários do Estado, paralisaram suas atividades desde segunda-feira (9). Eles reivindicam que um projeto de lei seja enviado nesta quarta-feira (11) pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa.

Os funcionários desejam que o texto estabeleça um aumento salarial de 10,16%. Além disso, pedem que o projeto de lei autorize uma licitação de planos de saúde --como são funcionários celetistas, não têm acesso ao Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual).

"Estamos sem aumento há dois anos e não temos plano de saúde desde que a SPPrev foi criada", explica Wagner Andrade Junior, presidente da Ageprev (Associação dos Analistas e Técnicos Gestores de Previdência do Estado de São Paulo).

Sem o trabalho dos técnicos e analistas, funcionários do Estado podem parar de receber pensão e aposentadoria a partir de janeiro.

Os trabalhadores da SPPrev torcem para que o texto seja enviado à Assembleia em tempo hábil de ser votado até o dia 16 --após essa data, os deputados tratarão apenas de Orçamento. Além da paralisação, os técnicos realizaram um protesto em frente ao prédio da São Paulo Previdência nesta quarta e trancaram o trânsito da rua Bela Cintra, no centro expandido de São Paulo, das 13 às 16h.

"A gente não quer atrapalhar a aposentadoria dos idosos, mas não tem condições", afirma Andrade Junior. A categoria recebe um salário bruto na faixa dos R$ 2.100, de acordo com o presidente da Ageprev. "Mas movimentamos muito dinheiro: o orçamento da SPPrev é o terceiro maior do Estado. O orçamento para 2014 é de R$ 24 bilhões", acrescentou.

Procurada pela Folha, a São Paulo Previdência informou que o projeto ainda está em negociação e que, por este motivo, não é possível fornecer informações sobre quando será enviado à Assembleia.


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