Folha de S. Paulo


Após perícia em Brasília, restos mortais de Jango voltam ao Rio Grande do Sul

Os restos mortais do presidente João Goulart (1919-76) estão de volta à cidade gaúcha de São Borja (a 581 km de Porto Alegre).

Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) trazendo o caixão pousou no aeroporto do município às 12h50 desta sexta-feira (6), dia em que a morte dele completa 37 anos.

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A exumação ocorreu no dia 13 de novembro. Os restos mortais foram levados a Brasília para perícias e homenagens. Amostras coletadas na capital federal serão analisadas em laboratórios fora do país.

O objetivo é apurar a causa da morte de Jango, como ele era conhecido. Na época, foi divulgado que ele morreu devido a um infarto, mas familiares e o governo federal suspeitam que ele tenha sido envenenando por agentes ligados à ditadura militar (1964-85).

Militares do Exército foram a São Borja para prestar honras fúnebres ao presidente, deposto no golpe de 1964. As homenagens incluem ainda uma missa na igreja da cidade à tarde e um cortejo por ruas do município. A prefeitura decretou feriado.

O caixão será novamente colocado no jazigo da família no cemitério Jardim da Paz, de onde foi retirado no mês passado.

Familiares do presidente, a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) e os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) vão acompanhar a cerimônia.


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