Folha de S. Paulo


Para oposição, fuga de Pizzolato evidencia 'descaso' e 'culpa'

A oposição reagiu no domingo (17) à fuga do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato para a Itália.

Presidente do DEM, o senador José Agripino (RN) afirma que a fuga mostra "descaso" do Executivo. "Como esse assunto é constrangedor para o governo, ele se procura colocar o mais afastado possível. O afastamento gerou descaso, e o descaso gerou a fuga".

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"Há muito tempo se falava da expectativa de fuga dele e não houve nenhuma tomada de providência", disse. Para ele, não houve excessos ou espetacularização da prisão dos envolvidos. "Foi o cumprimento de um script esperado."

Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), "é complexo responsabilizar alguém" pela fuga de Pizzolato. O tucano, no entanto, argumenta que a ida clandestina ao exterior "confirma a correção da condenação". "É uma confissão de culpa."

Em nota, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP) defendeu a perda automática dos mandatos dos deputados condenados --Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT), José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP). "Não há mais espaço para a Câmara deliberar sobre a perda dos mandatos", diz a nota.

Uma reportagem da Folha mostrou na semana passada que um parecer da Secretaria-Geral da Mesa da Casa defende que o Congresso não cumpra a decisão da Corte de cassar imediatamente o mandato.


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