Folha de S. Paulo


Aliado de Garotinho acusa Cabral de montar 'polícia política' no Rio

O principal aliado do ex-governador Anthony Garotinho (PR) na Assembleia Legislativa do Rio acusou ontem o governo Sérgio Cabral (PMDB) de montar uma "polícia política" para atacá-lo.

A acusação foi feita pelo deputado estadual Geraldo Pudim (PR). Ele reagiu à informação de que um funcionário de seu gabinete será chamado a depor sobre a participação em manifestações.

Polícia apura participação de traficantes em protestos

Reportagem publicada domingo no jornal "O Globo" afirma que pessoas ligadas ao PR teriam levado militantes pagos aos protestos.

"Cabral montou uma polícia política no Rio. A intenção dele é desqualificar o movimento nas ruas", afirmou.

Daniel Marenco - 17.jun.2013/Folhapress
Manifestantes queimam objetos em frente a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, durante protesto contra o aumento da tarifa
Manifestantes queimam objetos em frente a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, durante protesto contra o aumento da tarifa

A Polícia Civil pretende ouvir Sebastião Rodrigues Machado Junior, do gabinete de Pudim, em inquérito sobre os protestos. O deputado diz que o funcionário não se envolveu em quebra-quebra e acusa o delegado Ruchester Marreiros de tentar ligar o grupo de Garotinho a ações de black blocs.

Marreiros é o delegado que vinculou o pedreiro Amarildo de Souza ao tráfico na Rocinha. O Ministério Público contestou sua versão e denunciou 25 PMs pelo desaparecimento de Amarildo. Treze estão presos, incluindo o ex-comandante da UPP na favela.

"O delegado plantou uma versão falsa para transformar a vítima em bandido", disse Pudim. Procurados, Marreiros e Cabral não se pronunciaram.


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