Folha de S. Paulo


Rui Falcão lidera disputa interna à presidência do PT

O deputado estadual de São Paulo Rui Falcão amplia diferença de votos e deve ser reeleito presidente nacional do PT. Com 22% das urnas apuradas, Rui Falcão aparece em primeiro lugar com mais de 69 mil votos, segundo balanço divulgado pela sigla nesta segunda-feira (11).

Em segundo lugar está o secretário-geral do PT, deputado federal Paulo Teixeira (SP), que encabeça a chapa "Mensagem ao Partido", com 17.982 dos votos petistas. Em seguida vem o secretário-executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar com 7.035; Renato Simões com 3.650, Markus Sokol com 1.428 e Serge Goulart com 691 na disputa interna do partido, chamada de PED (Processo de Eleições Diretas).

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Ao todo, cerca de 806 mil dos 1,7 milhão de filiados ao PT estavam aptos a participar da votação, que aconteceu ontem em todo o país. Segundo a sigla, o número de filiados que participaram do processo está em torno de 106 mil. O resultado final deve ser divulgado amanhã. Caso se confirme a reeleição de Rui Falcão, o deputado vai coordenar a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição.

Principal articulador da recondução do deputado estadual Rui Falcão à presidência nacional do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aposta na eleição interna do partido para isolar as alas petistas que criticam as alianças feitas pelo partido para sustentar a campanha de reeleição da presidente Dilma.

Editoria de Arte/Datafolha

O governo de coalizão defendido por Lula é a principal crítica dos outros cinco candidatos que disputam a presidência do PT contra Falcão. Além disso, a participação atuante de Lula durante todo o processo do PED incomodou os candidatos de oposição a Falcão. O ex-presidente nomeou o diretor do Instituto Lula, Luiz Dulci, como um dos coordenador da campanha e foi pessoalmente ao lançamento da campanha de Falcão.

"Lula sempre procurou preservar sua condição de liderança histórica no PT, mas agora resolveu entrar em bola dividida", afirma Markus Sokol, que encabeça a corrente O Trabalho e também disputa a direção nacional.

De acordo com os candidatos que fazem oposição a Rui, Lula assume postura "contraditória" quando defende a renovação da política e do PT em discursos públicos, mas defende a manutenção da direção petista e da política que deve ser adotada na campanha que busca a reeleição de Dilma em 2014.


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