Folha de S. Paulo


Ato marca 44 anos da morte do guerrilheiro Carlos Marighella

A Comissão da Verdade de São Paulo realizou nesta segunda-feira (4) um ato para marcar o aniversário de 44 anos da morte do guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969), uma das grandes referências da luta armada contra o regime militar.

A viúva de Marighella, Clara Charf, participou do ato realizado em São Paulo, na alameda Casa Branca, localizada região da avenida Paulista. Trata-se do local onde o militante foi assassinado, pego em uma emboscada em 1969.

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Para Charf, a homenagem é importante para conscientizar as pessoas do que houve. "Ele veio se encontrar com os padres [frades dominicanos que simpatizavam com a causa] porque queria que ajudassem a tirar os perseguidos políticos do país pela fronteira", disse à Agência Brasil. "A polícia montou todo um esquema e transformou essa rua em um horror."

Em São Paulo, há uma pedra com uma placa de identificação colocada no local onde Marighella foi morto por agentes da repressão. Em 2011, no centenário de seu nascimento, Marighella recebeu do governo federal o status de anistiado político. A família dispensou a reparação econômica. Na cerimônia houve um pedido de desculpas, em nome do Estado brasileiro, pela perseguição empreendida contra o guerrilheiro.

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CRONOLOGIA DE CARLOS MARIGHELLA

1911
Nasce, em Salvador

1932
Aproxima-se do Partido Comunista e envolve-se nas lutas estudantis contra Vargas

1946
É eleito deputado constituinte pelo Partido Comunista

1953
Organiza a Greve dos 300 mil

1967
Funda a guerrilha Ação Libertadora Nacional (ALN)

1969
É capturado em emboscada e morto em SP pela ditadura


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