Folha de S. Paulo


Ex-prefeito disse que não assinou contrato irregular

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) não quis comentar a possibilidade de se tornar inelegível se for condenado no julgamento agendado para esta segunda-feira no Tribunal de Justiça.

Na defesa que apresentou em primeira instância, Maluf disse que não assinou nenhum contrato em que aparecessem os valores supostamente superfaturados nas obras do túnel Ayrton Senna.

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O juiz recusou a tese dos defensores de Maluf e aceitou a da Promotoria, segundo a qual as complementações de verba que ele destinou à obra ajudaram as empreiteiras CBPO e Constran a enriquecer ilicitamente.

O advogado de Maluf, Maurício Silva Leite, não quis se pronunciar sobre a acusação.

A CBPO, que foi incorporada pela Odebrecht, diz que não cometeu "qualquer irregularidade" na obra. "Todos os valores recebidos correspondem a serviços efetivamente prestados", disse.

Segundo a empreiteira, "a acusação do Ministério Público não foi comprovada na perícia realizada por determinação judicial. A empresa reitera que a regularidade do contrato ficará esclarecida ao longo do processo judicial."

A Constran não quis se pronunciar sobre as acusações.


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