Em pouco mais de 15 dias, a presidente Dilma Rousseff retorna à Bahia nesta sexta-feira (1°) para participar de seu terceiro evento no Estado. Agora, a petista inaugura a Via Expressa Baía de Todos os Santos, que vai interligar a BR-324 ao porto de Salvador, beneficiando moradores da região metropolitana da capital baiana.
O evento está marcado para começar às 11h, em Salvador, e contará com a presença do governador Jacques Vagner (PT) e do ministro dos Transportes, César Borges.
Dilma revê promessa para apressar desapropriações
De acordo com o governo do Estado, o trajeto entre a BR-324 e o porto de Salvador foi reduzido em 3,2 quilômetros, passando dos atuais 7,5 km para 4,2 km, com seis rotas alternativas. Ao todo, a via terá dez faixas --seis para tráfego urbano e quatro exclusivas para veículos de carga, três túneis, 14 elevados, duas passarelas, além de ciclovia, pista de rolamento e passeios.
| Roberto Stuckert Filho/Divulgação/PR | ||
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| Dilma e Jaques Wagner comparecem à cerimônia de inauguração da Via Expressa Baía de Todos os Santos |
Em sua conta no Twitter, Dilma ressaltou que a obra, que integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), "vai desafogar o tráfego pesado, diminuindo os congestionamentos na rótula do Abacaxi, na ladeira do Cabula e nas avenidas Bonocô e San Martin".
A presidente também destacou que a via é "a maior obra viária em Salvador em 30 anos" e que "reduzirá pela metade o trajeto até o porto, maior do Nordeste na movimentação de contêineres e um dos maiores em exportação de frutas".
De acordo com o governo federal, a obra custou R$ 449,5 milhões, sendo R$ 407,7 milhões investidos pelo governo para a construção da via. "É a parceria do governo federal com os governos dos Estados para melhorar a vida dos cidadãos, movimentar a economia e gerar mais riqueza para a Bahia e para o Brasil", disse Dilma pelo microblog.
VISITAS
A última passagem de Dilma pela Bahia foi no dia 15 de outubro quando participou da entrega de 1.740 unidades do programa Minha Casa Minha Vida em Vitória da Conquista, no interior do Estado. Na ocasião, a presidente disse que o governo estuda lançar uma nova etapa do programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida.
No mesmo dia, Dilma anunciou ao lado do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), cujo partido faz oposição ao governo federal, investimentos na mobilidade urbana na capital baiana. Ela autorizou a PPP (Parceria Público-Privada) da operação e expansão do metrô de Salvador e anunciou investimentos para a implantação de um sistema de BRT (ônibus rápido) pela prefeitura.
Neto, que se aproximou do governador da Bahia Jaques Wagner (PT) ao assumir a prefeitura, elogiou a presidente Dilma ao dizer que ela "é uma pessoa de palavra". "Estive com a presidenta antes de tomar posse, no período de transição, levado pelo governador Jaques Wagner, e ela me disse de maneira afetuosa: 'prefeito, faça bons projetos, prepare boas ideias e traga para o governo [federal]'", disse ACM Neto.
Contudo, a obra do Metrô já está sob suspeita de irregularidades. O TCE (Tribunal de Contas do Estado) detectou exigências ilegais no edital de licitação que podem ter reduzido a competitividade, impedindo a participação de mais empresas.
O Ministério Público Federal também abriu inquérito para investigar a limitação da concorrência por meio da "existência de eventuais cláusulas de barreira indevidamente inseridas no edital". A obra é considerada prioritária pelo governo Jaques Wagner (PT), que assumiu em abril a responsabilidade sobre o metrô de Salvador, antes nas mãos da prefeitura.