Folha de S. Paulo


Ao lado de Gleisi, Dilma amplia visitas ao Paraná

A presidente Dilma Rousseff faz nesta terça-feira (29) sua quarta viagem oficial ao Paraná neste ano, um recorde desde o início do seu mandato.

Desde que assumiu, em 2011, a petista só esteve duas vezes no Estado, ambas no primeiro ano de governo. Nas eleições de 2010, ela perdeu para José Serra (PSDB) no PR.

Dilma acelera anúncio de verba para capitais

Nas viagens deste ano ao Estado, a presidente já visitou feira agropecuária, entregou casas do Minha Casa Minha Vida e distribuiu retroescavadeiras para prefeitos.

Na semana passada, a Folha mostrou como Dilma também aumentou o ritmo de viagens a outro "ninho tucano", o Estado de Minas Gerais, com seis visitas em menos de três meses. Minas tem governo do PSDB e é o principal reduto do senador Aécio Neves, um de seus potenciais rivais de Dilma na eleição de 2014.

Hoje, no Paraná, Dilma vai a Curitiba anunciar verbas para mobilidade urbana e, no mesmo dia, viaja a Foz do Iguaçu, no oeste do Estado, onde entrega uma linha de transmissão de energia entre Brasil e Paraguai.

Ao seu lado, a presidente deve levar a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), provável candidata do PT ao governo do PR em 2014, e que tem acompanhado as viagens presidenciais ao Estado.

Provável adversário de Gleisi, o atual governador Beto Richa (PSDB) se antecipou à visita presidencial: na última sexta-feira, foi a Foz do Iguaçu para anunciar a construção de 1.059 moradias. As obras, que integram o Minha Casa Minha Vida, são estimadas em R$ 68,8 milhões e serão financiadas com recursos do governo federal.

Apesar de o programa ser federal, com contrapartida estadual de cerca de R$ 5 milhões, o tucano evitou o confronto e usou tom conciliador com o governo petista. "O governo estadual, em parceria com a União, está promovendo a maior revolução habitacional da história do Paraná", afirmou Richa durante o evento.

O tucano tem feito um périplo por cidades do interior do Paraná e afirma que pretende visitar todos os municípios do Estado até o fim de seu mandato. A justificativa é que as visitas servem para "ouvir as pessoas, conhecer a realidade local e reforçar as parcerias de trabalho com os prefeitos, para atender a população".


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