A ex-senadora Marina Silva (PSB) criticou nesta quinta-feira (24) o que avaliou como insistência da imprensa e de setores da sociedade no sentido de forçar uma eventual candidatura dela à Presidência da República.
"Eu já disse mil vezes a vocês [repórteres] que eu não tenho como objetivo de vida ser presidente do Brasil", afirmou, em rápida entrevista, antes de dar uma palestra na PUC-PR, em Curitiba, sobre os jovens e a política.
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Na quarta-feira, em entrevista à rádio CBN de Cascavel (PR), Marina afirmou que tinha "toda a disposição" em ser candidata a presidente.
Questionada sobre se esse tipo de declaração enfraquecia seu colega de partido, o presidenciável e governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), ela reagiu e disse que a sua afirmação não tinha esse objetivo.
"Essa insistência na qualificação puramente eleitoral não sou eu nem o Eduardo que estamos fazendo. É alguém que tem interesse de fazer algum tipo de mal-entendido", disse.
Marina reiterou que sua aliança com o PSB foi programática, e não eleitoral, e que a candidatura de Campos "está posta".
CARTÓRIOS
Na palestra, a ex-senadora voltou a reclamar do "comportamento atípico" de cartórios eleitorais ao recusarem assinaturas para que o partido Rede Sustentabilidade fosse criado.
Ela destacou os índices de rejeição em Brasília, São Paulo e em "alguns municípios do ABC", onde o percentual de recusas chegou a 78%. "Que alguém investigue isso. Nós fomos abatidos na pista", declarou.