Lançado pelo PC do B como pré-candidato ao governo de São Paulo, o ministro Aldo Rebelo (Esporte) anunciou nesta quarta-feira (16) que deve deixar o governo em dezembro, a seis meses do início da Copa de 2014.
Aldo foi indicado no início do mês pela militância do PC do B para a disputa eleitoral. Uma reforma ministerial é esperada para o fim do ano, quando a presidente Dilma Rousseff pode trocar o comando de 12 pastas, especialmente dos ministros que devem disputar as eleições de 2014.
"Eu vou deixar o ministério. A previsão inicial é dezembro, porque completa um ciclo da entrega dos estádios. Queremos cumprir o cronograma estabelecido de ter os 12 estádios, das 12 cidades-sede", disse.
Questionado se a sua saída não poder prejudicar o evento, ele negou. "Aí seria superestimar muito minha função e meu papel. Essa é a vigésima Copa do Mundo. Pelo menos 19 aconteceram sem que eu tivesse participação", afirmou.
| Márcia Ribeiro-09.ago.13/ Folhapress | ||
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| Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, anuncia que deve deixar o governo em dezembro, a seis meses do início da Copa de 2014 |
O ministro afirmou ainda que sua candidatura vai ser concretizada se for vontade de seu partido. "Eu sempre fui na vida um cumpridor de tarefas, de ofícios. As funções que ocupei sempre foram em correlação com decisões coletivas, ou partidárias ou de alianças. É uma possibilidade. Claro que se vier a ser candidato será dentro da aliança partidária", completou.
A resolução política que indicou Aldo Rebelo ao cargo foi apresentada pelo vereador e presidente estadual do PC do B, Orlando Silva --que antecedeu Rebelo no Ministério do Esporte, antes de deixar o governo em 2011, após acusações de ter participado de um suposto esquema de fraude.
Em 2010, os comunistas integraram a chapa do atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na corrida pelo Bandeirantes. Atual secretário da Promoção da Igualdade Racial da gestão Fernando Haddad, Netinho de Paula concorreu a senador na coligação (ficou em terceiro lugar).
AMEAÇAS
Sobre as ameaças do PCC em relação a Copa, o ministro disse não acreditar na ação do grupo. "O Brasil é um país com muitos problemas, mas razoavelmente sofisticado em algumas coisas. Temos um sistema de segurança que tem força. O Ministério da Defesa, Polícia Federal, Força Nacional. Temos instituições policiais com tradição, as polícias militares, polícias civis. Não creio que uma organização criminosa possa ameaçar um evento como a Copa do Mundo", disse.