Folha de S. Paulo


Referências ao papa marcam celebração de Nossa Senhora

A lembrança da visita do papa Francisco a Aparecida (180 km de São Paulo), em julho, deu o tom da celebração do dia de Nossa Senhora Aparecida na cidade paulista, na manhã deste sábado.

Em sua pregação durante a missa solene, dom Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, fez um resumo da homilia proclamada pelo sumo pontífice há três meses.

"O papa Francisco chamou-nos a atenção para três posturas que devemos cultivar na nossa vida: conservar a esperança, deixar-se surpreender por Deus e viver na alegria", disse o cardeal.

Ele afirmou que os fiéis devem estar atentos às necessidades e sofrimentos das pessoas e "colaborar na construção de um Brasil sem dominação, democrático, fraterno, solidário, com dignidade para todos".

O arcebispo contou ter estado com Francisco há duas semanas e disse que o papa reforçou o compromisso de voltar a Aparecida em 2017, quando se completarão 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul.

Dom Damasceno estimou em mais de 170 mil pessoas o público presente na cidade. Ele disse acreditar que o aumento do número de romeiros (foram 150 mil em 2012) também é consequência da visita do papa à cidade.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e o deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) assistiram à celebração e, em seguida, participaram de uma entrevista coletiva com dom Damasceno e autoridades religiosas.

O policiamento foi feito por 850 homens, e havia soldados até perto do altar. Alckmin e os religiosos negaram relação entre a presença dos policiais e a divulgação de escutas telefônicas em que líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) disseram ter encomendado a morte do governador.


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