O programa de TV do PSB que vai ao ar nesta quinta-feira (10) lança mão de um recurso que foi usado pela propaganda do PT em 2012 ao fazer um "jogral'' de falas de Eduardo Campos e Marina Silva, prováveis parceiros na chapa do partido à Presidência da República em 2014.
Fazendo uma edição dos discursos de ambos no sábado, quando anunciaram a aliança, o programa procura mostrar sintonia entre Campos e Marina, intercalando numa edição ágil falas que têm até as mesmas palavras.
A declaração de Marina sobre a Rede ser o primeiro partido "clandestino'' criado na democracia, dita pela ex-senadora, é contraposta a outra de Campos dizendo que tentaram "matar'' a Rede, mas fizeram com que ela se agigantasse.
Campos, provável candidato do partido à Presidência, se diz pronto a "aprender" com a Rede, e Marina declama poema de sua autoria dizendo que é a flecha e o arco. O programa encerra com a ex-senadora, vice-líder nas pesquisas de intenção de votos, dizendo que deposita ''o melhor'' de si no projeto conjunto.
O ato do último sábado ocupa metade do programa, que foi refeito para mostrar a entrada de Marina no PSB. A parte inicial, mais convencional, é totalmente ocupada pelo governador de Pernambuco, que desfia uma série de críticas ao governo do PT. "Estamos num caminho que já deu o que tinha que dar'', decreta.
Numa metáfora da "bipolaridade" do PSB, que deve ter uma candidatura de oposição a despeito de ter feito parte dos governos de Lula e Dilma Rousseff, são mostrados clipes em que um personagem fala bem dos resultados do governo e outro, de costas para ele, fala mal de outro aspecto. O "cara e coroa'' vale para educação, saúde e inclusão social, entre outros temas.
Também é mostrado um dos programas-vitrines da administração de Campos em Pernambuco, o Pacto pela Vida, que reduziu as taxas de violência no Estado nos sete anos de sua gestão.
No final do programa, Campos fará um "hangout" na internet com eleitores, nos moldes do que o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB e também pré-candidato à Presidência, fez após a propaganda tucana em setembro.
