Folha de S. Paulo


Novo filiado do PT, Marcelinho Carioca diz que entrou para time grande

De olho nas eleições de 2014, o ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca se filiou nesta quarta-feira (2) ao PT e já aproveitou para defender o programa do governo federal Mais Médicos, que deve ser a principal bandeira do ministro Alexandre Padilha (Saúde) na disputa pelo governo de São Paulo.

Marcelinho afirmou que sua entrada no PT foi patrocinada pelo ex-presidente Lula, torcedor corintiano, e pelo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Chamando Lula de "comandante maior" e Chinaglia de "treinador", o ex-jogador recorreu ao futebol para explicar sua decisão de trocar o PSB pelo PT.

"Eu estava jogando no Madureira e vou para um time grande", disse.

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O acerto de Marcelinho com o PT ocorreu na última sexta-feira, durante encontro com o presidente Lula. Segundo Chinaglia, o ex-presidente disse a Marcelinho que "o PT é o partido mais chato que tem, mas o melhor da América Latina".

O novo petista pode disputar uma vaga de deputado estadual ou federal. O partido ainda está discutindo seu futuro político, segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão.

Numa tentativa de mostrar sintonia com o partido, Marcelinho saudou o ministro Padilha, que acompanhou a filiação, lembrando do Mais Médicos, programa que tem como objetivo principal aumentar o número de médicos no interior e em periferias de grandes cidades e que permite a atuação no país de profissionais formados no exterior sem revalidação de diploma.

"Só um pai sabe o que é acordar de madrugada e ter um médico perto de casa independente da sua nacionalidade", completou.

Padilha comemorou o reforço do ex-jogador. "Mais médicos e mais corintianos no PT", brincou. O ministro ainda aproveitou para usar o novo correligionário como exemplo da nova classe média defendida pelo PT.

"É uma pessoa com histórico de vida de ascensão social, representa muito que o PT faz no Brasil inteiro, no governo do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma. É um reforço do nosso time não só em São Paulo, mas no Brasil inteiro", disse.

Questionado sobre sua saída do governo para se dedicar à campanha, Padilha disse que "não tem nada definido".

No ano passado, Marcelinho disputou uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo pelo PSB. Ele recebeu 19.729 votos e não se elegeu.


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