Folha de S. Paulo


Dilma 'tem seu tempo' para indicar novo nome para Integração, diz ministro

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou nesta terça-feira (1º) que a presidente Dilma Rousseff "tem seu tempo" para indicar formalmente um substituto para o cargo deixado mais cedo pelo ex-ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional).

Para suceder Bezerra, o PMDB indicou o senador Vital do Rêgo (PB) para a pasta, mas Dilma preferiu nomear o engenheiro Francisco Teixeira, que atuava como secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional.

"A questão ministerial é uma questão de exclusiva competência e decisão da presidenta Dilma. Não nos cabe escalar nem deixar de escalar nem comentar essa questão de ministros", disse Carvalho. "O que tem são tempos que a própria presidenta decide quando ela julgar conveniente. O importante é o governo não parar. É isso que é importante, e não vai parar", completou.

Questionado se a decisão, capitaneada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE), na semana retrasada com vistas à campanha presidencial de 2014, foi imatura, o ministro disse que "não nos cabe adjetivar". "Cabe insistir naquilo que nos une, não o que nos separa", pontuou.

O ministro descartou também que o PSB deva ser tratado pelo Planalto agora como adversário. O desembarque da sigla do governo, para ele, não significa desembarque da base do governo em votações importantes no Congresso.

"A gente não deve fazer com que um parceiro histórico, que sempre teve tantos motivos para estar junto com a gente, do dia para a noite se transforme em um adversário. Não é isso. Nosso espírito é continuar trabalhando, na mesma perspectiva, contando com muita parceria com o PSB. Se, ocasionalmente, uma questão eleitoral pode vir a nos separar, não sabemos ainda, a gente tem de comportar de modo a não quebrar um processo histórico importante que nós tivemos ao longo desse tempo", disse.

"O PSB é parceiro junto com o PC do B desde o início da nossa luta eleitoral de 1989. E nós aprendemos a conviver com o PSB. É muito difícil passar a não conviver com o PSB, no sentido dos valores, da camaradagem, dos projetos que nós temos em comum."


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