Folha de S. Paulo


Rede será aprovada, diz Marina após encontro com presidente do TSE

Após encontro no início da tarde desta terça-feira (1°) com a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Cármen Lúcia, a ex-senadora Marina Silva se recusou novamente a falar em "plano B" e disse ter certeza de que a Rede Sustentabilidade será aprovada pela Justiça Eleitoral.

"Teremos o registro da Rede", se limitou a dizer Marina ao ser questionada se descarta concorrer ao Palácio do Planalto em 2014 caso o seu partido não consiga a aprovação. "Sinalizar com outro partido seria a denúncia da própria desconfiança."

O caso da Rede será julgada nesta quarta (2) ou quinta-feira (3). O maior problema do partido é que ele não conseguiu coletar no país as assinaturas mínimas de apoio exigidas em lei, 492 mil. Faltaram cerca de 50 mil nomes.

"Tenho inteira confiança [na aprovação], fizemos um trabalho com muito rigor, descartando pelas nossas ações e nossos critérios 220 mil assinaturas. E fizemos uma avaliação ficha a ficha para demonstrar que houve anulações injustas", afirma Marina, se referindo ao ponto central da argumentação jurídica do partido.

A Rede pede ao TSE que, para completar o número mínimo de assinaturas, considere válidos 95 mil nomes que foram recusados pela checagem dos cartórios eleitorais sem que eles tivessem divulgado a motivação da rejeição.

Marina se encontra na tarde desta terça também com o ministro Gilmar Mendes. Nos últimos dias, ela teve reunião com todos os sete integrantes do TSE que vão julgar seu pedido. Na saída da reunião com Cármen Lúcia, Marina também respondeu perguntas sobre eventuais efeitos prejudiciais de sua candidatura às pretensões do ex-presidente Lula e da Presidente Dilma Rousseff.

Sobre Lula, Marina afirmou: "Com a força que o presidente Lula tem, ele não tem por que ter medo". Sobre Dilma, ela foi questionada se uma eventual rejeição da Rede pela Justiça facilitaria a reeleição da petista.

"Eleição para presidente da República pode ser tudo, menos fácil, em nenhuma circunstância. Sobretudo quando se tem um país com o grande desafio de entrar para o século 21 com uma agenda estratégica que faça jus à potência que somos".

Tendo iniciado a vida pública no PT, Marina rompeu com o partido em 2009, um ano depois de deixar o Ministério do Meio Ambiente na gestão Lula.


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