A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) evitou polemizar nesta terça-feira (1º) o troca-troca partidário promovido pelos congressistas para as eleições gerais de 2014 e que tem potencial para afetar sobretudo partidos da base aliada.
Responsável pela articulação com o Congresso, a ministra minimizou o mercado eleitoral e disse que não há prejuízos para a base governista. "Nesta história, perde de um lado, mas ganha de outro", disse. "Essa é uma prerrogativa da estrutura partidária do Brasil", completou.
Com a formalização de dois novos partidos pela Justiça Eleitoral na semana passada, cerca de 60 deputados negociam mudar de legenda. A maioria pretende migrar especialmente para os recém-criados Pros e Solidariedade. Pela legislação eleitoral, para disputar o pleito do ano que vem, os candidatos precisam estar filiados a um partido político até o próximo sábado (5).
| Pedro Ladeira-6.ago.13/Folhapress | ||
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| A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) evita polemizar o troca-troca de partido |
O Pros, que tende a integrar a base do governo, diz ter fechado com 25 deputados e ainda negocia com mais sete. Nesta quarta-feira (2), o novo partido pretende fazer um grande evento em Brasília para marcar as novas filiações.
O Solidariedade, comandado pelo deputado Paulo Pereira (SP), vai ficar independente, mas deve reforçar a bancada da oposição. O governo também viu na semana passada o PSB deixar o governo para tentar viabilizar candidatura própria ao Planalto em 2014.
A ministra cobrou a discussão de uma ampla reforma política e lembrou que a presidente defendeu isso e sugeriu um plebiscito para consultar a população sobre mudanças no sistema político.