O agora ex-ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) entregou nesta terça-feira (1º) o cargo à presidente Dilma Rousseff. A transição será feita entre hoje e amanhã, segundo informou a pasta.
O Palácio do Planalto confirmou a saída de Bezerra do cargo às 14h45 desta terça. Em nota, a presidente afirmou que o socialista fez um "trabalho extraordinário". "Saiu o ministro, mas ficou o amigo", disse a presidente.
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"O orçamento total do ministério dobrou na sua gestão. Obras fundamentais para a garantia hídrica do semiárido ganharam forte impulso com Fernando Bezerra à frente do ministério, em especial a transposição do São Francisco", disse a nota.
Assumirá interinamente a pasta o engenheiro Francisco Teixeira, secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
| Marcelo Camargo-11.jan.12/Folhapress | ||
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| Fernando Bezerra entrega cargo de ministro da Integração Nacional à presidente Dilma Rousseff |
SAÍDA
Esta foi a segunda audiência de Bezerra com Dilma desde que o PSB anunciou a entrega dos cargos no Planalto. No último dia 19, a presidente pediu ao ministro da Integração Nacional que permanecesse no cargo até a semana passada.
Dilma queria conversar novamente com o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, que anunciou oficialmente há quase duas semanas a entrega dos cargos que seu partido ocupa no governo federal. Com o desembarque, o PSB fica livre para estruturar a pré-campanha de Campos, provável candidato à Presidência da República em 2014.
Resta ainda o cargo do ministro Leônidas Cristino (Portos), também do PSB. Ele é da cota do governador do Ceará, Cid Gomes, que anunciou na semana passada sua saída da legenda. Há a expectativa que ele permaneça no cargo, ao menos até que haja definição sobre o futuro de seu padrinho político.
PMDB
Para suceder Bezerra, o PMDB indicou o senador Vital do Rêgo (PB) para a pasta. Dilma consultou informalmente o vice-presidente Michel Temer (PMDB) para pedir um nome de "consenso" para o Ministério da Integração Nacional. A presidente, no entanto, ainda não anunciou oficialmente se o PMDB de fato ficará com o cargo, cobiçado também pelo PT.
O nome de Vital é consensual entre as bancadas da Câmara e do Senado, depois de uma disputa interna que quase rachou o partido.