O governador de Pernambuco e provável candidato à sucessão de Dilma Rousseff (PT), Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta segunda-feira (30) que o Brasil precisa ser debatido "fora do maniqueísmo".
O PSB era aliado do PT desde 1989. No início de setembro, deixou a base de sustentação do governo federal, na sinalização mais clara até então da candidatura de Campos.
Petistas têm dito que a disputa em 2014 será dividida em dois blocos: o dos partidos que apoiam Dilma e os de oposição.
Falando a empresários nesta segunda, Campos disse que não se pode "reduzir o Brasil entre nós e eles" e afirmou que seu partido entregou os cargos no governo federal para "discutir o Brasil com liberdade".
"Não estamos indo fazer a crítica pela crítica, queremos ter a liberdade de poder discutir esse país. Estamos fazendo o inusitado, quando há vaga no governo tem uma fila de partidos levando currículo, nós queremos fazer fila para levar ideias."
Ele sugere "três pilares" para que o país avance. "Preservação do que já conquistamos --foi feito algo e todos colaboramos--, não se restringir a um debate frio sobre produtividade e permitir que o Brasil seja debatido além do maniqueísmo". "Precisa ter coragem de quebrar o velho para construir o novo."
Também criticou a falta de diálogo do governo federal com setores produtivos em mudanças como a Medida Provisória dos Portos e alteração nas tarifas de energia elétrica.