Folha de S. Paulo


'Assim, o PSB acaba no Rio', diz presidente do diretório regional do partido

Presidente do diretório regional do PSB no Rio, Alexandre Cardoso disse que repudia a ação da executiva nacional, que decidiu pela suspensão de seu mandato partidário. Afastado do comando do diretório da legenda, Cardoso, que é prefeito de Duque de Caxias, levantou a possibilidade de deixar o partido.

O político se reuniu nesta quarta-feira (25) com deputados estaduais e vereadores do PSB. Após o encontro, o grupo divulgou uma nota de repúdio contra a intervenção da cúpula da sigla. Cardoso tem oito dias para se defender das acusações levantadas pela executiva do partido, segundo a qual ele estaria trabalhando para atrair filiados ao PMDB do governador Sérgio Cabral.

"Desse jeito que querem, o partido acaba no Rio. Quero um partido democrático que discuta essa situação. É isso que defendo. Quero ficar no partido, mas um partido autoritário como esse eu não quero", disse o prefeito.

A intervenção no PSB-RJ aconteceu a pedido do deputado federal Glauber Braga e do prefeito de Petrópolis, Rubem Bomtempo, após a decisão de Cardoso em apoiar em 2014 a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Cardoso também apoia a candidatura a governador de Luiz Fernando Pezão (PMDB), vice de Sérgio Cabral no Executivo fluminense

"A posição está mantida. Aprovamos o apoio à presidente Dilma e ao Pezão", disse Cardoso.

Para o deputado Glauber Braga, Cardoso deve deixar o partido. "Não há clima para que ele permaneça. Com a saída dele vamos conversar com os deputados e vereadores. Precisamos ser protagonistas e não um satélite ou partido disfarçado. A partir de agora, não vamos ter mais um laranja do Sérgio Cabral no PSB", disse o deputado.


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