Folha de S. Paulo


Presidente da Câmara defende retomada de projeto que inibe novos partidos

Um dia após a Justiça Eleitoral aprovar a criação de dois novos partidos, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), defendeu nesta quarta-feira (25) a retomada da discussão do projeto que inibe a criação de novos partidos.

A tramitação da proposta foi paralisada no Senado depois dos protestos de junho. A proposta tira das legendas novatas possibilidade de amplo acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV, mecanismos vitais para o funcionamento financeiro e eleitoral.

O presidente da Câmara criticou o número de partidos no país. "Isso um dia tem que parar. É impossível organizar uma democracia forte, consolidada, com partidos programáticos, com esse número de partidos", disse Alves.

No Congresso, o tema foi patrocinado pelo Planalto e por PT e PMDB em uma tentativa de esvaziar eventuais rivais de Dilma Rousseff em 2014, como o movimento da ex-senadora Marina Silva, que tenta criar a Rede para disputar a Presidência.

Apesar de suspeitas de fraudes na coleta de assinaturas de apoio pelo país, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou na noite desta terça-feira (24) a criação de mais dois partidos no Brasil, o que abre a temporada de troca-troca de políticos entre as legendas com vistas às eleições de 2014.

Por uma margem apertada, 4 votos a 3, o tribunal chancelou o Solidariedade, montado pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. Por 5 a 2, aprovou também o PROS (Partido Republicano da Ordem Social). As duas siglas são, respectivamente, a 31ª e a 32ª do país.


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