Professores municipais do Rio de Janeiro ocupam nesta sexta-feira (20) o 13º andar do prédio da Prefeitura do Rio, localizado na Cidade Nova, centro da cidade. O andar é onde fica o gabinete do prefeito Eduardo Paes.
As primeiras informações dão conta de 40 a 60 pessoas no local. A imprensa não teve acesso ao andar onde estão os professores.
A Folha falou pelo telefone com uma professora que está no local da ocupação. Segundo ela, parte do grupo invadiu e parte conseguiu entrar sem ser impedida.
O grupo que conseguiu subir sem problema teria entrado no prédio alegando ir resolver outros problemas. Como são servidores públicos, os professores têm acesso liberado à sede do governo municipal. Grupos pequenos teriam subido aos poucos.
Segundo essa professora, que pediu para não ter o nome divulgado, quando a segurança do prédio, feita pela Guarda Municipal, percebeu a movimentação, a entrada foi bloqueada. Um grupo, então, forçou e conseguiu furar o bloqueio. De acordo com a docente, o grupo subiu de escada os 13 andares até o gabinete do prefeito. Não há informações se o prefeito está no prédio.
Os professores reivindicam uma reunião com o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Figueira de Melo. Eles pedem a retirada de um projeto de lei sobre cargos e salários dos professores da pauta da Câmara Municipal.
Segundo o sindicato da categoria, o projeto de lei apresentado pelo executivo não atendia à pauta negociada desde o dia 8 de agosto, quando foi iniciada uma greve municipal. O projeto será apresentado em regime de urgência na próxima terça-feira, mesmo dia em que, de acordo com os professores, está marcada uma reunião do executivo com os docentes.
Neste momento, os professores estariam em uma reunião com o secretário. Um tenente-coronel da Polícia Militar chegou ao local para negociar a desocupação.
A invasão ocorreu durante um protesto dos professores municipais pela avenida Presidente Vargas. Os professores decidiram voltar à greve, que estava de sobreaviso desde a semana passada. O protesto, junto com outro da rede estadual, reuniu milhares de pessoas e complicou o trânsito.
Com a manifestação dos professores, as principais vias do centro do Rio foram interditadas, ocasionando engarrafamentos nas vias expressas próximas e na zona norte.
A principal interdição ocorreu na avenida Presidente Vargas, em frente à Prefeitura. As avenidas Rio Branco, Almirante Barroso e Presidente Antonio Carlos também tiveram trânsito interrompido parcialmente por cerca de duas horas, gerando congestionamento nas ruas paralelas