As medidas de segurança anunciadas pela prefeitura e pela Polícia Militar em Campinas (a 93 km de SP) devido aos protestos marcados para este Sete de Setembro esvaziaram o desfile oficial e afastaram a população das ruas.
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"Foi um fracasso total. Cheguei aqui e fiquei dez minutos", disse o supervisor José Augusto de Lima, 72. "Os outros anos é que foram bons."
O desfile oficial, que estava previsto para ocorrer durante toda a manhã deste sábado (7), durou cerca de uma hora. Para reforçar o efetivo nas ruas, a PM decidiu não participar do desfile pela primeira vez na história da corporação.
"O receio com as manifestações afastou um pouco as pessoas. Um pai não vai trazer um filho sabendo que vai ter protesto", afirmou o tenente Costa, da PM, responsável pelo policiamento no centro da cidade.
Enquanto a prefeitura estimava um público de 20 mil pessoas no desfile, apenas 4.000 pessoas, segundo a PM, acompanharam o ato no centro da cidade.
"Foi ótimo, empolgante", disse o secretário de Segurança Pública da cidade, Luiz Augusto Baggio, responsável pela Guarda Municipal. "A gente respira aliviado porque deu tudo certo." A corporação desfilou com um grupo reduzido de agentes para reforçar o policiamento em outras áreas.
GRITO DOS EXCLUÍDOS
Após o desfile, cerca de 250 pessoas participaram do Grito dos Excluídos, manifestação organizada pela Arquidiocese de Campinas que contou com a participação de partidos políticos e movimentos sociais de esquerda. As principais reivindicações eram por justiça social, saúde, educação, moradia e trabalho.
Há um outro protesto marcado para as 15h, organizado pelos mesmos movimentos sociais que organizaram as manifestações de junho na cidade (que chegaram a reunir 35 mil pessoas). Cerca de 7.600 pessoas haviam confirmado presença em uma rede social até o momento.