Folha de S. Paulo


'Black blocs' se reúnem para caminhar até a Editora Abril e queimam exemplar de 'Veja'

Cerca de 45 manifestantes adeptos da tática "black bloc" ocupam uma faixa da avenida Faria Lima, em protesto rumo à Editora Abril, em São Paulo. A caminhada teve início com aproximadamente 30 pessoas, que se reuniram no Largo da Batata e queimaram um exemplar da revista "Veja", publicada pela Abril.

A Polícia Militar não informou o efetivo, mas a Folha contou ao menos 90 homens a pé, só no Largo da Batata. O efetivo não inclui o Batalhão de Choque, que está de prontidão.

"Aqui não é vandalismo, Aqui é ideologia. Todo mundo veio do trabalho para cá. Vandalismo é a fila do SUS. Vandalismo é dirigir bêbado, dirigir e matar", disse um dos participantes do protesto. Todos estão encapuzados.

Após discutir se iria ou não falar com jornalistas, o grupo deu uma entrevista coletiva. Depois da conversa, os manifestantes queimaram o exemplar de "Veja", que estampou em sua capa da semana passada uma reportagem sobre o movimento "black bloc" no mundo.

Os manifestantes afirmam que o protesto não se limita à revista "Veja". Também tem como alvo a TV Globo, a PM, e os governadores de São Paulo, Geraldo Ackmin (PSDB), e do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

Procurada pela Folha, a Editora Abril informou que não vai comentar nenhuma manifestação.

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