Folha de S. Paulo


Manifestantes protestam contra o desaparecimento do pedreiro Amarildo

Cerca de 150 manifestantes percorrem as ruas da zona sul do Rio em protesto contra a morte de jovens negros moradores de favelas e pelo desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, 43. Ele está desaparecido desde 14 de julho quando foi levado para a sede da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), no interior da Rocinha.

Depois de permanecer por cerca de 30 minutos em frente à residência do secretário José Mariano Beltrame, o grupo voltou a se deslocar. Até o momento, o protesto foi pacífico. Os manifestantes haviam passado por Ipanema, em direção ao prédio em que mora o secretário. Antes disso, eles andaram pela Avenida Delfim Moreira, na altura da Aristides Espínola, no bairro do Leblon (zona sul), onde mora o governador do Rio, Sérgio Cabral.

Até o momento, a Polícia Militar ou a Secretaria de Segurança Pública não comentaram a situação.

O grupo partiu às 19h20 da passarela diante da favela da Rocinha, na zona sul do Rio. Após deixar o local, os manifestantes fecharam a autoestrada Lagoa-Barra e os túneis Zuzu Angel e Acústico. No momento, as vias estão liberadas. Eles estavam sendo acompanhados por 30 policiais militares.

A manifestação é chamada de "Cadê os Amarildos?". Há cartazes questionando o desaparecimento do pedreiro e outros com frases como "Basta o genocídio ao jovem negro".


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