Folha de S. Paulo


CPI na Câmara do Rio começa com confusão e "guerra de claques"

A segunda reunião da CPI dos Ônibus começou em clima de confusão na Câmara Municipal do Rio. Desde às 7h desta quinta-feira (22), 120 senhas foram distribuídas para o público interessado em ter acesso ao plenário.

Manifestantes contrários à composição da CPI entraram e gritam palavras de ordem toda vez que o presidente ou o relator da CPI, ambos do PMDB, partido do prefeito Eduardo Paes, se manifestam. O único integrante da oposição na comissão, o vereador Eliomar Coelho (PSOL), decidiu não participar da sessão por não considerá-la legítima.

Apoiadores do presidente da CPI, Chiquinho Brazão, também entraram e fazem barulho no plenário. Eles rivalizam com os manifestantes contrários à CPI nas palavras de ordem. "Fica, Brazão" e "Fora, Brazão" se alternam no plenário.

Os manifestantes contrários à composição atual da CPI gritam "comprados, comprados", para os apoiadores de Brazão. Estes respondem, chamando os manifestantes de "maconheiros" e "discípulos do Freixo".

Uma manifestante jogou um sapato em direção ao relator da CPI, Professor Uóston (PMDB). O sapato não atingiu o vereador, mas caiu na mesa onde ele está sentado. A manifestante foi contida antes de atirar o segundo sapato, mas não foi retirada do plenário.

O secretário municipal dos Transportes, Carlos Osório, presta depoimento à CPI.

Armando Paiva/Fotoarena/Folhapress
Presidente da CPI dos Ônibus, que teve sessão tumultuada, mostra sapato jogado por manifestantes contra um dos vereadores
Presidente da CPI dos Ônibus, que teve sessão tumultuada, mostra sapato jogado por manifestantes contra um dos vereadores

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