Folha de S. Paulo


Preferências de Lula incluíam água e uísque importados, revelam documentos

Documentos sobre as viagens do ex-presidente Lula no seu primeiro mandato revelam predileções pessoais, conversas de bastidor e agendas paralelas mantidas por quase uma década em sigilo.

Comitivas de Lula barravam opositores

Um papel descreve "almoço privado" realizado em São Paulo em abril de 2003, no intervalo de viagem que Lula fez a São Bernardo do Campo.

O almoço reuniu Lula, o então tesoureiro do PT Delúbio Soares, que dois anos depois seria um dos pivôs do escândalo do mensalão, o consultor Antoninho Trevisan e outras sete pessoas.

Os nomes da primeira-dama, Marisa Letícia, da então assessora da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, e do assessor José Carlos Espinoza aparecem como convidados, mas depois riscados a caneta.

Em 2012, Rosemary deixou o cargo na Presidência em meio a outro escândalo que atingiu o governo.

Em setembro de 2003, um funcionário da representação diplomática do Brasil na ONU disse ao cerimonial do Planalto que teria que "encomendar correndo bebidas porque a adega da residência [oficial] está totalmente desfalcada".

Na época assessor do cerimonial do presidente, Renato Mosca de Souza disse que as bebidas prediletas de Lula eram o uísque Johnny Walker Black Label, o vinho Marquês de Riscal e a água San Pellegrino. O uísque sai por R$ 110 no mercado. O vinho oscila de R$ 80 a R$ 124. Cada garrafa de água custa R$ 7.


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