Folha de S. Paulo


Outro Lado: Gasto justifica-se por feira ser evento 'grandioso', afirma governo

A Secretaria de Turismo e a organização da Fliporto dizem que o aporte do governo do Estado se deve à grandiosidade da feira, a terceira maior do país, segundo o secretário Alberto Feitosa.

Ele disse que o aumento do patrocínio, a partir de 2010, foi motivado pela transferência da Fliporto de Porto de Galinhas, em Ipojuca (no litoral sul do Estado), para Olinda.

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"Com a perda do apoio da Prefeitura de Ipojuca, das limitações financeiras de Olinda em arcar com o evento, além da perda do apoio das estatais a projetos culturais em todo o país, o governo do Estado ampliou o aporte para a realização da Fliporto."

Segundo Feitosa, foi a secretaria que sugeriu a mudança de endereço por causa do perfil de turismo da praia.

Além disso, como a feira literária ocorria no verão, a rede hoteleira não dava conta da demanda de turistas. O secretário afirma que o patrocínio "é um investimento", pois a feira traz reflexos para toda a cadeia turística.

No ano passado, quando repassou R$ 3 milhões, o governo calcula que a Fliporto atraiu 90 mil pessoas e provocou um impacto de R$ 20 milhões na economia local.

Na festa de São João de Caruaru, por exemplo, foram movimentados mais de R$ 200 milhões, mas não só com a cadeia turística. Neste ano, a festa atraiu 850 mil pessoas.

Segundo a secretaria, o São João já é um evento bem sucedido, enquanto a Fliporto necessita de aporte do poder público para ser viável.

"O público da Fliporto tem um poder aquisitivo maior. Com certeza o dinheiro que a gente bota na Fliporto volta", afirma o secretário.

A organização da feira informou que a Fliporto tem atuação durante todo o ano com uma casa de mediação de leitura que atende crianças em Olinda e culmina com a realização da festa literária.

Além disso, a assessoria da feira disse que neste ano o evento será gratuito. No ano passado, a entrada nos painéis custava R$ 20.

A Fliporto informou também que teve sua prestação de contas de 2011 aprovada pela Empetur e pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado). As contas de 2012 foram aprovadas pela Empetur e há parecer favorável do tribunal.


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