O STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou na tarde desta quarta-feira (14) -- por unanimidade -- os recursos apresentados por Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL (atual PR), condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva e absolvido da acusação de formação de quadrilha.
A pena de Lamas foi de cinco anos de prisão e multa de R$ 240 mil. A defesa afirma haver uma desproporcionalidade da pena aplicada no crime de lavagem de dinheiro.
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Durante o seu voto nos recursos de Lamas, o ministro Luis Roberto Barroso, também contrario ao recurso, afirmou que considera a pena aplicada a Lamas "muito alta".
O STF retomou o julgamento do mensalão na tarde de hoje apreciando o primeiro lote de recursos apresentado pelos condenados.
Esses recursos são chamados de embargos declaratórios e visam esclarecer pontos obscuros ou sanar contradições e omissões do acórdão (resumo da decisão do julgamento), mas, em tese, não podem reverter uma condenação.
O julgamento do mensalão aconteceu no segundo semestre do ano passado. Com a duração de quatro meses e meio, foi o mais longo da história do STF.
A Corte condenou 25 réus, entre eles o chefe da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu, considerado o chefe da quadrilha que distribuiu dinheiro a parlamentares em troca de apoio político no Congresso.