A Polícia Militar informou que na tarde desta quarta-feira (31) um grupo com cerca de 500 manifestantes iniciou uma caminhada da Cinelândia, centro do Rio, em direção à sede do Ministério Público Estadual.
À frente dos manifestantes está um grupo de "black blocs" --forma de ativismo que defende ações "para causar danos às instituições opressivas". Na prática, picham paredes e quebram vidros.
Manifestantes ocupam esquina de Cabral há mais de 62 horas, no Rio
Entre as palavras de ordem cantadas pelos manifestantes está "não tenha medo, o 'black bloc' é nosso amigo". A maior parte do grupo está com os rostos cobertos por máscaras, lenços ou gorros.
Entre os motivos do protesto está a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo, criada pelo governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), e que tem participação do Ministério Público estadual. Os manifestantes querem que ela seja extinta.
Há também cartazes contra o governo Sérgio Cabral e outros questionando o desaparecimento do pedreiro Amarildo Dias, 47, visto pela última vez quando deixava a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, no dia 14 de julho.
Policiais do batalhão do centro acompanham a passeata. Quando o grupo se preparava para deixar a Cinelândia, policiais revistaram alguns manifestantes.
Enquanto era feita a revista, o grupo gritava "revista o P2", uma referência a supostos agentes policiais infiltrados entre os manifestantes.
| Paula Cesarino/Folhapress | ||
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