Folha de S. Paulo


No último dia, Francisco diz que queria ficar mais uma semana

Antes de se despedir do Brasil, o papa Francisco confidenciou à irmã Terezinha Fernandez, 46, responsável por sua hospedagem na residência oficial da arquidiocese, no Sumaré, que gostaria de passar mais uma semana no país, pois "estava gostando muito de tudo e de todos".

Todos os dias, o papa comeu pão de queijo e tomou vinho e suco de frutas brasileiras.

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Os funcionários da casa contaram que ele chegava muito feliz dos eventos. Dormia tarde e acordava por volta das 5h. No sábado, chegou mais cansado. O dia começara cedo, com missa na Catedral, seguida de encontro com a sociedade civil no Theatro Municipal, e terminara com a cerimônia de início da vigília, em Copacabana.

"Ele deixou de lembrança um tercinho de perolazinhas para cada um de nós", contou a irmã Terezinha.

REVOLUCIONÁRIOS

Cerca de 15 mil voluntários receberam Francisco na noite de ontem, no centro de convenções Riocentro (zona oeste). Em tom de conversa (e não de discurso), o papa pediu que eles sejam "revolucionários" e andem "na contramão de quem acha que o casamento está fora de moda".

"Muitos pregam que o importante é curtir o momento. [...] Peço que vocês se rebelem contra essa cultura do provisório, que no fundo crê que vocês não são capazes de [...] amar de verdade."

Francisco seguiu para a Base Aérea do Galeão para voltar a Roma. "Já começo a sentir saudades. Deste povo tão grande e de grande coração [...], do sorriso aberto que vi em tantas pessoas", disse. Seu avião decolou às 19h35. (DIANA BRITO, DENISE LUNA E MARCO ANTÔNIO MARTINS)


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