Folha de S. Paulo


Rio terá o centro interditado para caminhada

O centro da cidade do Rio de Janeiro e o bairro de Copacabana vão parar hoje e amanhã por conta da JMJ (Jornada da Juventude).

Com o novo esquema de trânsito decorrente da mudança de Guaratiba para um dos principais cartões postais do país, o aterro do Flamengo foi fechado ontem para automóveis a partir da meia-noite, e desde as 7h da manhã de hoje várias ruas do centro seriam interditadas.

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Os peregrinos terão como ponto de partida a Central do Brasil e caminharão pela avenida Rio Branco até o aterro, de onde passarão pela praia de Botafogo, com direito a vista do Pão de Açúcar, e por um túnel que interliga o bairro a Copacabana.

Ao todo serão 9,5 km de caminhada, em vez dos 13 km planejados para Guaratiba. No meio do caminho, no Monumento dos Pracinhas, no Aterro, o peregrino receberá um "kit vigília", com três quilos de alimentos industrializados -como biscoitos, sucos, achocolatados e sanduíches, entre outros produtos, que serão suficientes para cinco refeições: almoço e jantar no sábado e café da manhã e almoço de domingo.

As embalagens plásticas desses produtos, distribuídos a mais de 355 mil peregrinos, devem lotar os 4.000 contêineres que serão instalados pela Prefeitura do Rio em Copacabana e ao longo do percurso, e prometem dar trabalho também aos 3,2 mil garis deslocados para o evento.

Depois de vários desencontros de informações, a organização da Jornada Mundial decidiu permitir que os peregrinos passem a noite na praia em vigília. No domingo, o papa Francisco realizará uma missa às 10h.

A previsão é que, ao meio-dia, os acessos a Copacabana também sejam fechados, a exemplo do que ocorre no Réveillon. O acesso só será possível por metrô, a pé ou de bicicleta. Tanto o metrô como os ônibus funcionarão 24h nos dois dias, informou o prefeito Eduardo Paes.

Sobre os problemas para escoar o grande público esperado nos dias do evento, estimado em 1,5 milhão de pessoas pela prefeitura, Paes afirmou que não há como evitar os problemas.

"Não há infraestrutura no mundo que consiga escoar essa quantidade de pessoas", disse Paes.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

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