O show de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) desta sexta (26) foi finalizado duas horas antes do que o de quinta (25). Ao mesmo tempo, manifestantes que protestam contra o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), chegaram próximos ao palco. Aos gritos, eles pedem esclarecimentos sobre o desaparecimento do pedreiro Amarildo Dias da Silva, 47.
Amarildo sumiu no dia 14 de julho, quando foi algemado e levado por policiais militares para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha (zona sul do Rio). Segundo parentes e vizinhos, Amarildo limpava peixes na porta de casa quando foi abordado por policiais militares que o "levaram para averiguação".
Os manifestantes também gritam "Cabral é ditador! Cabral é ditador!", "Fora, Cabral!, Fora Cabral!" e alternam com "Não vai ter Copa! Não vai ter Copa!". O enfoque maior do protesto é nos gastos do governo com a Jornada e com a Copa do Mundo, que acontecerá no ano que vem no Rio.
Comitê organizador da JMJ afirma a Folha que todos os shows da programação foram realizados.
SÃO PAULO
Manifestantes paulistanos também estão protestando contra o governador fluminense na noite desta sexta. Há confrontos com Policiais Militares, e estes já atiraram bombas de gás para conter e dispersar o grupo, na av. Paulista.