Folha de S. Paulo


Prefeitura do Rio volta atrás e libera vigília em Copacabana apesar de improviso

A vigília dos mais de 350 mil jovens inscritos na Jornada Mundial da Juventude na praia de Copacabana não será mais desestimulada como haviam informado ontem (25) os organizadores do evento, disse o padre Renato Martins.

Com a transferência do evento de Guaratiba para a Copacabana, devido à falta de condições do terreno cedido por empresários à Jornada, que não resistiu às chuvas dos últimos dias, as principais atividades da jornada --a peregrinação que culmina numa vigília de sábado para domingo, e a missa de encerramento do papa Francisco-- tiveram que ser improvisadas.

Veja o especial O papa no Brasil
Vai participar da Jornada? Envie foto ou vídeo
Rio gasta R$ 6 milhões para realizar dragagem em Guaratiba
Prefeito do Rio diz que organização da Jornada está com nota próxima de zero

Em coletiva ao lado do prefeito Eduardo Paes e outros executivos da Prefeitura do Rio, o padre explicou, após ler um bilhete passado pelo secretário de Transporte do município, Carlos Roberto Osório, que mesmo com condições piores do que teriam em Guaratiba, os jovens poderão passar a noite em vigília sem nenhum problema.

"A estrutura de Guaratiba era para acolher melhor esses jovens. Não tem como trazer todo o esquema que tinha em Guaratiba, mas o Osório está me dizendo que não tem porque proibir", disse a jornalistas em coletiva no centro de imprensa do evento, no Forte de Copacabana.

Ele afirmou que ao escolher o terreno, os organizadores da Jornada confiavam que poderiam fazer o evento lá, "mas não contava com a chuva", disse o padre.

Ontem, tanto o prefeito Eduardo Paes como a organização da Jornada diziam exatamente o contrário. Em nota oficial, da Jornada chegou a informar o cancelamento da vigília.

"Diferentemente do que aconteceria em Campus Fidei, onde os participantes passariam toda a noite em vigília, em Copacabana a programação será encerrada após a Vigília de Oração com o papa Francisco (prevista para começar no sábado, 27, às 19h30) e retornará no domingo, 28, às 10h, com a presença do pontífice".

A mudança de orientação para os peregrinos deve-se em grande parte ao caos no transporte registrado durante a evacuação da praia de Copacabana ontem, após missa rezada pelo papa Francisco. O metrô e os ônibus não deram vazão aos milhares de peregrinos que queriam retornar aos seus alojamentos espalhados por toda a cidade.

"A vigília vai ocorrer. Sob o ponto de vista da logística, é mais fácil se fazer em Copacabana do que em Guaratiba. Quem quiser ir para casa vai, mas não está proibido", disse Paes.


Endereço da página:

Links no texto: