Folha de S. Paulo


Fiéis aguardam desde a madrugada a chegada do papa à comunidade de Varginha

Diante da Igreja de São Jerônimo, moradores de Varginha e de outras comunidades da região, na zona norte do Rio, aguardam a chegada do papa Francisco desde a madrugada desta quinta-feira (25).

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A costureira Josenete Gomes Jesus, 53, moradora da favela do Jacaraezinho, chegou às 3h40 da manhã para garantir seu lugar ao lado do portão da igreja. Trouxe uma manta, sombrinha, e uma garrafa térmica de café. "Estava muito frio durante a madrugada, e a chuva também não ajudou".

Ela acredita que a vinda do papa possa renovar a igreja e a comunidade local. O mesmo sentimento é compartilhado pela cozinheira Maria da Conceição Luiz, 50, há 28 anos em um imóvel situado exatamente ao lado da igreja de São Jerônimo. O marido e pai dos dois filhos dela foi assassinado com um tiro de fuzil há 10 anos na Avenida Leopoldo Bulhões, a principal de Varginha.

"Nunca poderia imaginar que o papa um dia poderia visitar a igreja ao lado da minha casa. Tenho esperança de que esta vinda ajude a melhorar a vida de todos nessa região tão sofrida, e marcada pela violência".

Desde 9h, a Polícia instalou grades divisórias que vão delimitar o trajeto do papa dentro da favela. A segurança é feita por policiais, que formam cordões de isolamento, assim como voluntários.

O papa já deixou o Palácio da Cidade e está neste momento a caminho de Varginha. Ele deve chegar por volta das 11h à favela.

Editoria de Arte/Folhapress

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