Folha de S. Paulo


Mil e quinhentas pessoas aguardam o papa em hospital da Tijuca

São 1.500 convidados para o evento com o papa Francisco nesta quarta-feira (24) no Hospital São Francisco de Assis. Formam-se filas nos corredores do prédio, em direção a diferentes pontos que tenham visibilidade para o pequeno altar montado no pátio interno para receber o pontífice.

Ao chegar, a autoridade do Vaticano irá visitar a capela local, onde será recepcionado por um coral formado por 80 frades e freiras.

Ao redor do pontífice, estarão ex-dependentes químicos, médicos e religiosos convidados para o encontro. Entre eles está Carlos Francisco Tarige Brito, 15, morador de Jaci (SP), onde fica a sede da instituição. Ele vai entregar uma imagem de São Francisco ao papa. "Nem consegui acreditar quando soube que ia ver ele de perto. Acho que a ficha só caiu agora", disse o rapaz.

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A organização não providenciou cobertura para a área onde estão os convidados. Por isso, no momento todos estão sob a chuva, incluindo os idosos.

Dos presentes, 80 são frades da Fraternidade de São Francisco na Providência de Deus, instituição com sede no interior de São Paulo que administra uma rede de hospitais especializada no tratamento de dependentes químicos.

O frei Eliseu Inácio da Silva, 21, saiu de Jaci, ao meio-dia de terça e chegou ao Rio às 4 da manhã. "Viemos em seis ônibus, em um grupo formado por religiosos, alguns de outras congregações, e voluntários. São 240 pessoas no total. Todos aqui vieram pelo papa Francisco."

"O papa pediu que fosse uma cerimônia muito simples. Será uma reunião festiva de amigos", disse o frei Francisco Belotti, fundador da Fraternidade.

MULTIDÃO

Uma multidão espera o papa ao longo das avenidas Heitor Beltrão e Conde de Bonfim. A maior concentração é no entorno da igreja de São Francisco Xavier. A estação do metro de mesmo nome está fechada e os fieis têm de desembarcar no ponto anterior, na Afonso Pena, e seguir a pé.

Há cerca de duas horas da passagem de Francisco pelas ruas da zona norte do Rio, centenas de pessoas se aglomeram. Além de brasileiros, estão no aguardo do papa mexicanos, americanos, venezuelanos e católicos africanos.

A prefeitura isolou com grades o percurso na rua Conde de Bonfim entre a igreja e o hospital São Francisco --o trajeto tem quase quatro quilômetros. Mais de 500 pessoas estão à espera do papa na entrada do hospital São Francisco.

Fora do quarteirão da igreja, as ruas --todas ladeadas por grades-- estão tranquilas. Os grupos de fiéis passam o tempo rezando e cantando. A presença da polícia é bastante ostensiva na região e todos os policiais estão armados. A tropa de choque também passou pelo local.


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