Folha de S. Paulo


Bloqueio no trânsito aproximou o papa do povo, diz porta-voz do Vaticano

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, reconheceu que o cerco ao carro do papa Francisco, durante o trajeto pela avenida Presidente Vargas no centro do Rio, causou apreensão na equipe de sua comitiva. Entretanto, ele avaliou que o imprevisto atendeu a um dos objetivos do papa em sua viagem ao Brasil.

"O bloqueio ao carro do papa no caminho do aeroporto ao Palácio Guanabara acabou se transformando em uma extraordinária experiência onde ele conseguiu ver de perto o entusiasmo dos jovens, do povo brasileiro", disse padre Lombardi, em entrevista coletiva no início da noite desta segunda-feira (22).

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De acordo com o porta-voz do Vaticano, um assessor do papa ficou assustado ao ver o carro cercado pela multidão após a interrupção do tráfego na Presidente Vargas.

"O secretário do papa me disse que, quando o carro parou e acabou bloqueado pelo tráfego, sentiu medo. Mas o papa, por sua vez, estava sorridente, tranquilo, acenando para as pessoas com a janela aberta", contou Lombardi, aos risos.

Após o desembarque na cidade do Rio, os assessores próximos do papa souberam da bomba de fabricação caseira encontrada em um dos banheiros do santuário de Nossa Senhora Aparecida, no município de Aparecida, no interior de São Paulo.

O explosivo, feito com um cano aparentemente de plástico e envolto em fita adesiva, foi detonado pelo esquadrão antibombas do Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar de São Paulo.

"Evidentemente isso não representou perigo para o papa porque foi no domingo passsado. Além disso, era uma coisa muito simples, artesanal. Não constatamos nenhuma conexão direta com a presença do papa. Por isso, não há nenhuma preocupação em particular por conta deste fato", ponderou o porta-voz do Vaticano.

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