Folha de S. Paulo


No primeiro dia no Brasil, papa é cercado por multidão e discursa em português

Em seu primeiro dia no Brasil, nesta segunda-feira (22), o papa Francisco foi recebido por autoridades na Base Aérea do Galeão, andou em carro com janela aberta, foi cercado por multidão e beijou crianças.

No Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, chegou a discursar em português. Manifestações, beijaço gay e confronto entre jovens e polícia também marcaram o dia.

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O avião que trouxe o papa aterrissou na Base Aérea do Galeão, no Rio, às 15h40. O papa foi recebido pela presidente do Brasil Dilma Rousseff, pelo vice-presidente Michel Temer e mais oito autoridades, como o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes.

Após deixar o aeroporto, o carro com o papa parou por diversas vezes na avenida Presidente Vargas por causa do trânsito. Fiéis tentavam tocar no pontífice a qualquer custo. Ele estava num Fiat Idea com a janela aberta.

Depois, o papa, que já havia dispensado o papamóvel blindado, pegou um papamóvel aberto na Catedral Metropolitana, no centro do Rio. Ele acenou para os fiéis e parou diversas vezes para beijar crianças.

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Pelo menos 20 seguranças acompanharam o papamóvel para evitar aglomerações de pessoas. No Theatro Municipal, o papa deixou o papamóvel e seguiu de helicóptero para o Palácio Guanabara para o encontro com o governador do Rio.

No Palácio Guanabara, o papa disse que "a juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço" e que "Cristo bota fé nos jovens".

Dilma Rousseff afirmou, no seu discurso, que "ainda há muito a ser feito". Para ela, o apoio da Igreja "pode transformar iniciativas ainda pontuais em iniciativas globais, em iniciativas efetivas para garantir a segurança alimentar e combater a pobreza e a fome no mundo".

Durante a cerimônia no Palácio Guanabara, Joaquim Barbosa cumprimentou papa Francisco e ignorou Dilma.

Depois de discursar e cumprimentar autoridades brasileiras, o papa seguiu para o quarto de 45 m² no Palácio Apostólico do Sumaré, residência oficial da arquidiocese do Rio, no alto da estrada do Sumaré, Rio Comprido, na zona norte, onde ficará hospedado

Após recepção do papa, manifestantes realizaram um beijaço gay e entraram em confronto com a polícia no Rio. Um PM foi ferido com gravidade por coquetel molotov e nove manifestantes foram detidos, incluindo um menor. Desses, apenas um deve ficar preso por porte de explosivo.

Na terça-feira, o papa ficará na residência, onde presidirá missas privadas.


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